quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Lembranças

Houve um tempo em que podíamos ser felizes e nesse justo espaço de magia e ficção foi que criei minhas raízes e pude ver esse mesmo tempo passar. E como dói ver algo morrer e mesmo assim ter que crer que isso é bom.
Os especialistas, os infelizes que criam o novo como artifício para correção de seus erros, dizem que nada supera o que foi criado agora, mas percebo neles a reprodução de tudo que é antiquado e condenado por eles próprios. São meros robôs contraditórios diante da face da criatividade, afinal não são soberbos em sua alegria. Não são sequer acostumados a arriscar fora dos seus padrões e valores.
Hoje tenho um laboratório próprio onde crio minhas invenções. Costumo chamar assim, outros chamam de mente, mas as palavras são criações de um mundo antigo, onde os signos verbais tinham fascínio pelo poder e então os uso e titulo como anarquia da minha diversão.
Ora, se não gravasse opiniões o mundo estaria mentindo pra mim até hoje! E contrariando o que dizem por aí, eu minto pro mundo e o mundo me rotula como louco e os loucos são felizes e tenho pavor de quem não seja.
As atitudes felizes nos desviam de caminhos tortuosos que nos levariam à morte repentina, seja por negligência ou por risco, essa é a alternativa mais viável nos últimos tempos. Uma linha tênue entre o pânico da dor e o prazer de a sentir.
Ser anômalo ao trivial é um ato de bravura e risco. Talvez seja a tão famigerada loucura, que consome todos os artistas e seres mais sensíveis do universo que nos circundam.
Batalhas mentais estão por vir para reafirmar que a liberdade do laboratório é um tesouro cobiçado e que poucos tendem a alcançar.
Voltar no tempo me desperta o exercício de buscar de maneira incessante a conquista do meu  mundo... À felicidade! 


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