Ciclo de estar
Poder comprar qualquer sentido é desejar demais
Um sorriso permanete, talvez a dor de um gemido
O corte em fruta doce, aquele andar mais atraente
Ter a seiva corrompida cultivando a vaidade
Ver graça numa vida de filme em preto e braco
A beleza de um canto que viaja pela mente
Intempestivo por ter alma, criativo por ter calma
Existência de um plano esculpido pela idade
Ser um bicho entre ventres com instintos ancestrais
Vagas maldades que sempre alimentam os vulgares
Mas comigo é diferente, sou refém do algo mais
Sou complexo e indecente, indeciso e concreto
Por vezes não fui reto, por buscar outros lugares
As curvas do raciocínio, as esquinas daquela dor
Seja como for, posso morrer sem ter domínio
Irei rápido, frio, e talvez de forma morna
Com a flecha no peito e o amor na mente
Sigo o destino de seduzir o não óbvio
E a bela vontade de atrair o indesejável
Marcelo Snug

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